O desemprego, a precariedade e os ordenados miseráveis levam a que muitos milhares de cidadãos se manifestem cada vez com maior força nas ruas por todo o País. Recentemente, Lisboa foi palco de duas das maiores manifestações: a 13 de Março (200 mil manifestantes) e a 28 de Março (mais de 6 000 jovens nas ruas).
Sob o lema “Mudar de Rumo / + emprego, salários, direitos”, na luta contra problemas económicos e sociais provocados pela especulação financeira, mas, também, pelas políticas seguidas, nomeadamente pelo actual governo – tais foram os motivos que levaram 200 mil às ruas de Lisboa no dia 13 de Março.
Essa manifestação nacional foi um marco de excepcional força dos trabalhadores pelo desenvolvimento do País. Foi um marco forte também pela dimensão, pelo empenho, generosidade e coragem. Por responder a uma atitude solidária, a uma vontade e necessidade de mudar o rumo das políticas que vêm sendo executadas, e como aviso às práticas patronais oportunistas e atentatórias do direito ao trabalho.
O apelo da CGTP na sequência da manif de 13 de Março não deixa margem para dúvidas: há que fazer do 1º Maio uma grande jornada de luta nacional pela afirmação da força da razão dos trabalhadores, contra a política de direita e as posições retrógradas do patronato.
Mais uma vez, há que exigir resposta às propostas sindicais e uma mudança de políticas de forma a dignificar e valorizar os trabalhadores e colocar o país no caminho do desenvolvimento e progresso social.
Milhares de jovens em luta
O Dia Nacional da Juventude foi assinalado por milhares de jovens com uma concentração no Rossio. Os motivos principais dessa concentração foram: a luta contra a precariedade e o desemprego; baixos salários, as normas gravosas do Código do Trabalho e a Legislação laboral da Administração Pública e contra o aumento do custo de vida.
A situação do desemprego agravou-se com o Governo PS/Sócrates. O desemprego
total aumentou 12% quando se compara o 4º trimestre de 2008 com o mesmo
trimestre de 2004. Em termos europeus Portugal ocupa o 5º lugar entre os países que
integram a Zona Euro que têm maiores taxas de desemprego.
Os jovens são particularmente atingidos por este problema, em especial os menores de
25 anos, cuja taxa de desemprego era de 18% no 4º trimestre de 2008. Entre os 25 e
os 34 anos a taxa era de 8,9%, sendo de 11,3% no conjunto deste dois grupos
etários. Entre as jovens mulheres dos 15 aos 34 anos a taxa de desemprego é de
13,6%. O desemprego dos jovens aumentou 6% desde o final de 2004.