Nota da Coligação Democrática Unitária
CIDADE DE LISBOA
O PS de agora na CML não sabe mas foi no tempo da gestão de 1990 a finais de 2001 que a prática desportiva cresceu exponencialmente em Lisboa. Com o Pelouro do Desporto sempre à responsabilidade de vereadores do PCP
Complexo Desportivo dos Olivais usado
pelo PS na CML para mais uma
atoarda contra o PCP
PS enxovalha a gestão dos anos 90
que diz idolatrar
Tal como no Governo, na Câmara Municipal de Lisboa,
a dupla do PS Costa/Perestrello gosta de “malhar” no PCP.
Vale tudo, até o recurso intencional à mentira descarada.
O que sucedeu na sessão descentralizada da Câmara na Freguesia dos Olivais é bem o exemplo desta postura.
O Vice-presidente e o Presidente da CML, eleitos pelo PS, afirmaram que a degradação a que o Complexo Desportivo dos Olivais chegou, bem como o encerramento das suas piscinas, são da responsabilidade do PCP. Sabendo perfeitamente que tal não corresponde à verdade, mentiram declaradamente!
Foi no período da 1990 a 2001, que o PCP assumiu, no âmbito da coligação, a responsabilidade pelo Pelouro do Desporto. Durante tal período, evoluiu-se dos cerca de 3 mil praticantes desportivos, nos Jogos de Lisboa, em 1990, para 30 mil em 2001. (Com a gestão PSD/CDS, e, hoje, com a gestão PS/BE, os Jogos de Lisboa, não têm qualquer expressão para as colectividades e para a população de Lisboa).
Foi, também, neste período que os Jogos de Lisboa envolveram vários Municípios Portugueses e mesmo, além fronteiras, na vizinha Espanha.
Nesse período construíram-se equipamentos desportivos para todos e não apenas para alguns.
Foi igualmente nesse período que as colectividades foram apoiadas de forma democrática, participando no processo de discussão e atribuição de subsídios, os quais eram aprovados em sessão pública, destinados quer às suas actividades quer à melhoria das suas sedes e equipamentos desportivos.
Foi, também, nesse período que foram reabilitadas algumas piscinas municipais para a prática do ensino, prática desportiva e lazer.
Foi, igualmente, construída uma nova piscina coberta de 25 metros no Complexo Desportivo dos Olivais, subsidiada com fundos da União Europeia, a qual, foi inaugurada em 2000, passando a servir a população dos Olivais.
Como muito bem sabem António Costa e Marcos Perestrello, foi a coligação PSD/CDS, que não só desmantelou a empresa municipal (LIS Desporto), como deixou de atender e depois encerrou, sem motivo imperativo, as piscinas (e complexo desportivo) dos Olivais, Campo Grande e Areeiro.
A devolução do financiamento da UE, deve-se ao encerramento da mais recente piscina integrada no Complexo Desportivo, que acabou por ser também arrastada pelo encerramento de todo o Complexo quando, já então, no segundo meio-mandato, a direita pretendia “negociar” com privados toda área.
A verdade histórica, passo a passo
À data do seu encerramento, o complexo Desportivo dos Olivais era constituído por duas piscinas: a piscina descoberta de 50 metros, mais antiga, e a nova piscina coberta de 25 metros, inaugurada em 2000 cujas obras foram financiadas por fundos comunitários.
A cobertura da piscina de 50 estava tão degradada que constituía um perigo. Por isso, foi retirada. Antes de 1998, porém, durante o período da gestão de esquerda, foi preparado um concurso público para a construção de uma cobertura definitiva, no sentido de permitir a utilização da piscina durante todo o ano.
No final de 2001, a coligação de esquerda que governava a Câmara perdeu as eleições. Consequentemente, o PCP deixou de deter pelouros.
Com a nova coligação de direita PSD/CDS, iniciou-se um período negro para o desporto na cidade de Lisboa.
Santana Lopes, sem qualquer planificação, lança concursos simultâneos para a construção de 7 piscinas, uma delas a poucas centenas de metros do Complexo Desportivo dos Olivais. Os motivos para a construção desta nova piscina nunca foram explicados e só mais tarde se tornaram perceptíveis. De que forma as novas piscinas iriam depois ser pagas e geridas foi aliás um problema inexistente, para Santana Lopes.
Logo no início do mandato, a empresa municipal de Desporto, criada em 2000 pelo PCP para gerir as piscinas da cidade de Lisboa, foi extinta por proposta de Paulo Portas, então vereador do Desporto. Este foi aliás o seu único acto administrativo na cidade. Logo a seguir abandonou a vereação.
O concurso para a cobertura da piscina dos 50 metros do Complexo Desportivo dos Olivais “perdeu-se” entretanto nos meandros da reestruturação dos serviços municipais que Santana Lopes levou a cabo, também de forma intempestiva e atabalhoada. Em 2004 acaba por ser anulado, sem que tenha sido lançado mais nenhum concurso.
Ainda com a coligação de direita, terão sido detectados problemas de construção na piscina coberta de 25 metros, para os quais nunca se procuraram soluções.
E os balneários do Complexo Desportivo, que necessitavam de obras de remodelação, foram votados ao abandono.
Em paralelo, decidiu-se construir uma nova piscina a poucas centenas de metros do Complexo, e surge um plano para o Complexo Desportivo dos Olivais que passava pelo seu encerramento ao público e a sua entrega a um concessionário privado que o iria transformar num mirabolante parque de diversões aquático.
Os motivos de Santana Lopes para a construção da nova piscina bem como os motivos que conduziram à degradação dos balneários e das piscinas do complexo desportivo começam a ficar mais claros.
Em 2006, o Complexo Desportivo dos Olivais é encerrado, situação que conduziu à sua total vandalização e destruição.
Em 2008, uma fiscalização da União Europeia detecta o estado de degradação da piscina que financiou e exige ao município a devolução do financiamento.
Idolatram a Coligação mas, ao mesmo tempo,
enxovalham a sua actividade
Estes são os factos, um a um.
Se Costa e Perestrello não sabiam, por que razão não perguntaram, até por respeito pela Coligação de esquerda que tanto querem dar a entender que veneram?
Se sabiam, por que mentiram intencionalmente, imputando ao PCP, na pessoa dos seus Vereadores, o encerramento das instalações desportivas e a responsabilidade do prejuízo financeiro decorrente da devolução da comparticipação da Comunidade Europeia?
A intencionalidade da mentira é ainda relevada pelo facto de o Vice-Presidente Perestrello, na Reunião de Câmara, reservada, na manhã do mesmo dia 4 de Fevereiro de 2009, ter ouvido, tal como toda a Câmara, da Vereadora Rita Magrinho, o esclarecimento de todos estes factos, bem como a posição sobre a proposta incompleta do concurso que agora aprovaram, para a reconstrução das referidas piscinas, que não passa de uma privatização por 40 anos, prejudicando os munícipes de Lisboa, que passarão, apenas, a usufruir de 2 horas e meia para utilização a custos municipais, ficando o restante tempo de utilização a cargo do concessionário ao custo que muito bem entender.
Talvez se perceba a razão da mentira e do libelo acusatório ao PCP e aos seus Vereadores!
Em suma: Costa e Perestrello, contrariamente ao que
propagandeiam, estão mais longe da política autárquica da gestão de esquerda que governou Lisboa e estão bem mais perto da política de direita que se lhe seguiu!