sábado, 7 de fevereiro de 2009

Mais de 1 200 cartas exigem que a CML faça alguma coisa no Bairro Padre Cuz, diz o Presidente da Junta de Carnide

Grito de alarme do Presidente
Paulo Quaresma
da JF de Carnide

«Na Freguesia de Carnide está situado o maior bairro social da Peninsula Ibérica: Bº. Padre Cruz. Este bairro tem quase 50 anos de existência e tem cerca de 2.400 fogos, habitando nele cerca de 8.000 pessoas. Este bairro é propriedade da Câmara Municipal de Lisboa. Parte do bairro é constituido por casas tipo "vivendas", muitas delas em adiantado estado de degradação.

Existe um projecto de requalificação aprovado por unanimidade na Câmara Municipal de Lisboa no tempo do Presidente Carmona Rodrigues. Após as eleições intercalares e a tomada de posse do novo Presidente o processo parou e o bairro está num estado de degradação cada vez maior. O proprietário ( Câmara Municipal de Lisboa ) não cuida do seu património, não dá exemplo e coloca os seus inquilinos a viver em situações desumanas. Grande parte da população é idosa e vive em habitações tipo duplex onde os quartos e a casa de banho se situam no 1º andar. Alguns idosos já não têm a possibilidade de se deslocarem dentro da sua própria casa. Muitos são obrigados a subir e a descer as escadas interiores de gatas. Desde que se fala do projecto de requalificação que poucas ou nenhumas intervenções são realizadas no espaço público ou nas próprias habitações. Os passeios em muitos lugares já não existem; os espaços verdes estão ao abandono; as escadas estão degradadas.

Cerca de 20% das habitações foram emparedadas sem qualquer cuidado reforçando ainda mais a imagem de degradação do bairro. Muitos dos empardamentos são realizados sem qualquer cuidado, nem limpeza, sendo actualmente local de ratos e outros animais.

TUDO ISTO SE PASSA NA CAPITAL DE PORTUGAL.
TUDO ISTO SE PASSA NUM BAIRRO MUNICIPAL.
TUDO ISTO SE PASSA SEM QUALQUER INTERVENÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA.

Todos os meses reúne um grupo comunitário que junta moradores, responsaveis de instituições e projectos locais que tenta acompanhar os problemas do bairro. Numa iniciativa comunitária já foram enviadas, nas últimas duas semanas, mais de 1.200 cartas individuais de moradores do Bairro exigindo uma atitude por parte da Câmara Municipal de Lisboa.
A situação é muito degradante e desumana.»