terça-feira, 17 de março de 2009

Câmara e Governo são por igual co-responsáveis pela situação de insegurança que se criou na Cidade

Lisboa precisa de medidas urgentes que garantam a segurança das pessoas

Câmara e Governo são por igual co-responsáveis pela situação de insegurança que se criou na Cidade

De nada vale a António Costa, agora Presidente da CML, sacudir a água do seu capote e atirar com todas as culpas para o Governo do PS: tal como agora na Autarquia, o mesmo António Costa, até há dois anos, enquanto ministro da tutela, também nada fez pela segurança em Lisboa.

A CDU aponta como causa sistemática do incremento da criminalidade a profunda crise económica e social em que o País tem vivido nos últimos anos, com os governos do PSD e do PS como protagonistas activos dessa crise.
As questões da segurança não são apenas questões de polícia, como erradamente disse há dias António Costa: têm origem em problemas sociais, discriminações, situações de exclusão, pobreza, desemprego…
Não perceber isto é não querer resolver o problema.
Se não for alterada a política de direita do Governo, a criminalidade e a insegurança aumentarão sempre.
A política do Governo do PS, e a do seu actual Presidente da CML, António Costa, também em matéria de segurança pública, como noutras matérias, não serve os interesses da população de Lisboa.

Na Cidade de Lisboa, acontecimentos recentes vieram confirmar as análises sobre problemas de segurança que a CDU divulga desde há nove anos.
Lamentavelmente, a CML não estabeleceu até hoje uma política de segurança que impeça situações como as que se viveram recentemente, mostrando total incapacidade de entender o que se passa e como se combate esta situação.
Da parte do Governo do PS, o mesmo alheamento sobre o caminho certo para resolver as questões surgidas e suas causas.


Como há dias referia Jerónimo de Sousa: «O que se tem visto na cidade de Lisboa é a persistente falta de meios (de pessoal e outros) sem que se anteveja reforço do número de efectivos, é a degradação das instalações policiais, é o encerramento de postos e esquadras, como foi o caso do Rego e da João Crisóstomo, contra os interesses da população e apesar da luta dos moradores, para além de outras cujos fecho há muito está anunciado».
«São necessárias políticas de desenvolvimento integrado, de justiça social e de melhoria da qualidade de vida das pessoas – no plano económico e cultural, no plano da melhoria do espaço urbano, da criação de estruturas de apoio às famílias, às crianças e aos jovens, da inserção e defesa de direitos dos imigrantes e minorias étnicas, de prevenção e tratamento da toxicodependência.»

Ministério e CML não se entendem e os problemas agravam-se: ainda recentemente, na Alta de Lisboa, em instalações que a CML cedera para uma esquadra, o MAI, em vez disso, instalou a Divisão de Trânsito.

A CDU afirma isso mesmo na Cidade de Lisboa desde as eleições intercalares de 2007 para a Câmara de Lisboa e a realidade vem dando cada vez mais razão a esta análise da CDU.

A CDU vem alertando há vários anos para o clima de insegurança que se vive nalguns pontos da Cidade e em especial em certos Bairros Municipais.
Em 14 de Fevereiro deste ano, no Encontro sobre os Bairros Municipais, foram referidas numerosas situações gravosas para a segurança de quem habita em zonas-problema.
Nos vários programas eleitorais da CDU, desde 2001, o capítulo da segurança aparece sempre com bastante destaque e com a enumeração de medidas preconizadas.
No programa apresentado nas eleições de 2007, por exemplo, entre outras medidas, a CDU aponta as seguintes:
- mais política social nos bairros;
- mais equipamentos;
- mais iluminação pública e mais limpeza;
- policiamento de proximidade;
- conhecimento e relação de confiança mútua entre as forças de segurança e os moradores;
- mais esquadras de bairro e de zonas residenciais;
- reforço do funcionamento do Conselho Municipal;
- reforço e prestígio da Polícia Municipal.

A CDU defende que não devem ser encerradas esquadras de bairro e postos da PSP sem que outras as substituam antes. A CML liderada pelo PS nem se pronuncia. O Governo faz o contrário: fecha primeiro e pensa depois em eventual substituição.
O resultado está à vista.

A CDU continuará a assumir as suas responsabilidades nesta matéria, a insistir nas suas propostas e a apoiar as reivindicações e a luta das populações, factor indispensável para a construção de uma cidade e de um país mais seguros.